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Exaustão mental: A importância de dar atenção aos sinais, além de conhecer e respeitar seus próprios limites


O filósofo alemão Friedrich Nietzsche disse: “Quem tem porque viver, suporta quase qualquer como”.  Sabe aquele propósito que temos em nossas vidas: quero conquistar a casa própria, comprar um carro, pagar a faculdade dos filhos, preciso ter sucesso, preciso ter dinheiro para pagar as contas, entre tantos outros e que vem em nossa mente quando pensamos em desistir ao passarmos por situações adversas no nosso dia a dia e é por causa deste propósito que continuamos? Seguindo a teoria de Nietzsche, ter o porquê ajuda a suportar desafios que fazem parte da vida. Mas e quando não conhecemos ou não respeitamos nossos próprios limites? O resultado pode ser a exaustão mental, que já é tratada como um dos males do século 21.


No campo da psicologia, quando se fala em saúde mental são consideradas tanto a função cognitiva, quanto a função emocional do paciente e ambas são afetadas em um quadro de exaustão mental. Segundo a psicóloga Rebeca Favieri, especialista em psicologia clínica, “As funções cognitivas são aquelas relacionadas ao funcionamento do nosso cérebro, como: capacidade de se concentrar, de construir uma linha de raciocínio com início meio e fim, raciocínio lógico, entre outros. Já a função emocional é a capacidade de sentir as emoções dentro da dose que ela exige em determinada na situação, como: alegria, tristeza, medo. Quando há uma super dosagem das emoções há também uma fadiga, uma exaustão emocional, a ponto que você perde o controle dessas emoções. Por exemplo, uma crise de choro ‘do nada’, sem um motivo aparente. Os picos de explosões, quando esbraveja descontando sua raiva nas pessoas, entre outros, são algumas das consequências da exaustão mental”.


Cansaço x exaustão


De acordo com Rebeca, a exaustão se distingue do cansaço, pois este após algumas horas de repouso, de desconexão daquilo que a pessoa estava fazendo, ela consegue resgatar o seu funcionamento. “Às vezes, uma boa noite de sono ou um final de semana de descanso consegue reparar aquela função, seja cognitiva, emocional ou física. Agora, quando estamos em um grau de exaustão aonde só o descanso não vai ajudar, outras medidas devem ser consideradas”, destacou a psicóloga.


O papel do sono


De acordo com Rebeca, o sono é uma das funções biológicas que sofre alterações e pode ser um sinal de alerta quando este estado se prolonga. “Por exemplo, se a pessoa está vivenciando um conflito dentro da família é natural que isto possa afetar o seu sono por alguns dias. Mas se esta privação de sono se prolonga a pessoa não consegue reestabelecer de forma adequada suas funções que utiliza normalmente durante o dia, não consegue ter o que chamamos de sono reparador e como consequência a pessoa pode ficar dispersa, tem dificuldade de processar alguns entendimentos, sua linha raciocínio lógico fica afetada, começa a ficar esquecida, se perder no meio da fala, são alguns sintomas que começam a aparecer. Isso é considerado natural diante de uma situação e se é algo por um curto espaço d e tempo. Porém, se esta situação se prolonga é necessário ficar atento e procurar ajuda de um profissional, como o psicólogo, pois negligenciar os sinais de cansaço que apresentamos pode ter como consequência a estafa, o burnout, ansiedade, depressão e outros fenômenos que manifestam em decorrência deste cansaço”.

 

Autoconhecimento


De acordo com Rebeca, o autoconhecimento e autopercepção são fundamentais para a pessoa conhecer seus limites e o que a ajuda a se fortalecer. “Eu preciso me conhecer pra que eu possa me perceber. Quem eu sou, como eu funciono. O que que eu preciso fazer quando me vejo diante de determinada situação. E assim a pessoa começa a criar mecanismos de defesa para evitar a exaustão, pois compreende o que te faz sentir mais tranquilo, quais atividades e ambientes te reenergiza.

 

 

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