Conheça as atletas paralímpicas que representam Bragança Paulista
- rafaelaberaldomaci
- 5 de set. de 2024
- 2 min de leitura

O que estas mulheres têm em comum? Encontraram no esporte o prazer da conquista, a autoconfiança e o sentimento de inclusão. Juntas já colecionam dezenas de medalhas conquistadas em competições. Inclusive, a equipe está se preparando para os Jogos Paralímpicos do Estado de São Paulo (PARESP) que acontecem neste final de semana, na capital paulista.
Há quatro anos, o técnico Tércio Araújo iniciou o projeto de treinar atletas paraolímpicos de Bragança Paulista. A equipe de Atletismo e PCD (Pessoa com Deficiência) da Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer (SEMJEL) treina duas vezes por semana no ginásio dr. Lourenço Quilici (Lourenção).

A atleta Ana Laura Monteiro tem 22 anos e há 4 anos iniciou no esporte. Já conquistou 7 medalhas nas modalidades: lançamento de dardo, lançamento de disco e arremesso de peso. Sua família sempre a acompanha nos treinos, apoiando, torcendo e assistindo aos progressos da atleta. De acordo com a mãe de Ana Laura, ela nasceu com mielomeningocele, que é uma malformação da coluna. Aos 10 anos recebeu o diagnóstico de problemas renais, que a levou a passar por um transplante. “Me sinto muito feliz no esporte. Tenho uma vida mais social, antes eu era muito tíma. Me sinto bem e não penso em parar”, destacou Ana Laura.

Maria Catiene dos Santos Calçada, ou Catiene, como gosta de ser chamada, participa das modalidades: lançamento de dardo, lançamento de disco e arremesso de peso. Começou no esporte à convite de Tércio, durante as sessões de fisioterapia que faz desde quando sofreu um acidente de moto, em 2010. “Muitas pessoas têm preconceito com pessoas com deficiência e o esporte abriu novos leques na minha vida, me ajudou bastante, principalmente porque eu havia me tornado mais reclusa. Na primeira competição que eu participei, ganhei três medalhas de ouro. É emocionante você ouvir seu nome sendo chamado para receber o prêmio”, destacou a atleta. Catiene recebe o apoio da família, que a acompanha nas competições e de seu marido Genivaldo, que também auxilia os atletas paralímpicos durante os treinos.

Maria Aparecida de Souza da Silva, Cidinha, tem 58 anos, compete nos 100 metros livres, lançamento de dardo e arremesso de peso e agora começou a treinar judô. “O Esporte melhora nossa saúde, nossa autoestima, quebra limites. Acho que mais pessoas com deficiência deveriam vir aqui participar da nossa equipe. Muitos ficam na casa e aqui é um lugar também para fazer amizades, conhecer outras histórias e ter apoio”, destacou Cidinha, colecionadora de diversas medalhas, deficiente visual desde os 4 anos, após ter sarampo.
Recentemente, a equipe ganhou mais uma integrante, Vitória Letícia Rodrigues, de 17 anos, que compete nas modalidades dos 400 metros livres, salto em distância e arremeço de peso. A competição do Paresp será sua primeira vez nas provas adultas. Na escola, Vitória já competia na etapa paralímpica dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP). “Eu amo o esporte, me motiva, me fazer ter mais autoaceitação e me sinto mais incluida na sociedade. O arremesso de peso é minha grande paixão. Agradeço minha mãe por todo esforço que ela sempre fez e foi graças a ela que estou descobrindo esta paixão”, destacou Vitória que já pleneja seguir na carreira de atleta e na área do Direito.

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