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A campanha do setembro amarelo está chegando ao fim, mas suas reflexões são necessárias ao longo de todo o ano


A campanha do setembro amarelo está chegando ao fim, mas suas reflexões são necessárias ao longo de todo o ano. A Elas em Pauta publica o artigo da psicóloga Andréia Pinheiro que faz abordagens sobre este tema e destaca a importância de um suporte adequado. Confira:


Por Andréia Pinheiro*


O setembro amarelo é uma oportunidade para abordar um tema que, apesar de ser muitas vezes evitado, afeta milhões de vidas. Setembro é mais do que apenas um mês do calendário; é um período de reflexão e ação em torno de um tema de extrema importância: a saúde mental e prevenção ao suicídio.


O suicídio é uma das principais causas de morte em todo o mundo, especialmente entre jovens e populações vulneráveis. No Brasil, é a terceira principal causa de morte entre indivíduos de 15 a 29 anos. Dados da OMS indicam que, a cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida.


O suicídio é um fenômeno multifatorial, complexo e é um problema de todos, independente de raça, gênero, religião e classe social. Os pensamentos suicidas podem estar relacionados com ansiedade, depressão, impulsividade, desesperança, alterações de humor, isolamento, fatores sociais, ambientais e biológicos.


Todo e qualquer suicídio é devastador e tem um impacto profundo sobre aqueles ao seu redor. É imprescindível entender que nunca existe uma única causa para um suicídio. Para que uma morte desse tipo aconteça são necessários fatores predisponentes, ou seja, uma série de coisas que existem no cotidiano da pessoa e que vão criando um pano de fundo que possibilita para um suicídio tomar forma. E existem fatores precipitantes, os quais são aqueles que chamamos de a gota d’água, a qual é o que muita gente confunde e chama de causa do suicídio. Por exemplo, o término de um relacionamento por si só não é uma causa para um suicídio, ele pode ser um fator precipitante que ao se juntar com uma série de outros fatores que já estão ocorrendo na vida da pessoa resulta em uma morte por suicídio.


O entendimento de que existe uma série de fatores para ocorrer um desfecho como esse é primordial para que a gente acolher o luto das pessoas que ficam, familiares, amigos, para não culpabilizarmos essas pessoas e sim oferecer acolhimento e ajuda necessária.


Você pode fazer a diferença na vida de alguém que não está bem. Se você está preocupado com alguém, ofereça um ouvido atento e mostre que está disponível para ajudar. Incentive a busca de apoio profissional, ajuda médica e psicológica é primordial nesse contexto.


A prevenção do suicídio é um esforço coletivo e contínuo. O setembro amarelo nos lembra que a empatia, a comunicação aberta e o suporte adequado podem salvar vidas.


A prevenção do suicídio requer uma abordagem abrangente que inclua:

Educação e Conscientização: Campanhas, como o setembro amarelo, são fundamentais para desmistificar o suicídio e incentivar a busca de ajuda.


Acesso a Serviços de Saúde Mental: A ampliação do acesso a cuidados de saúde mental é essencial. Isso inclui a oferta de serviços em comunidades carentes e a capacitação de profissionais.


Apoio Comunitário: Redes de apoio e grupos de suporte podem oferecer um espaço seguro para as pessoas compartilharem suas experiências e encontrem ajuda.


Intervenções Precoces: A identificação precoce de sinais de alerta e a intervenção em crises são cruciais para salvar vidas.


O panorama da saúde mental e do suicídio é complexo e exige atenção e ação contínuas. Compreender os fatores que contribuem para o sofrimento mental e implementar estratégias eficazes de prevenção pode ajudar a reduzir as taxas de suicídio e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. A promoção da saúde mental deve ser uma prioridade coletiva, com ênfase na empatia, educação e suporte. Esse panorama destaca a urgência em abordar a saúde mental e o suicídio, enfatizando a importância da conscientização e do suporte adequado

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